terça-feira, 12 de outubro de 2010

Perfeitos? nem tanto...


Talvez os limites do mundo perfeito de Tally não fossem tão claros quanto os homenzinhos pendurados nas árvores, mas eram igualmente difíceis de transpor. Ela se lembrou da mudança de idéia de Peris, lá em cima, dentro do balão, desistindo de pular e de deixar sua vida para trás. Todas as pessoas eram programadas de acordo com o lugar em que nasciam, confinadas por suas crenças. Mas era preciso ao menos tentar desenvolver uma mentalidade própria. Do contrário, você podia acabar vivendo numa reserva, adorando um bando de deuses falsos.

Apesar do livro (PERFEITOS de Scott Westerfeld) ser "borbulhante", o trecho acima me fez parar para pensar um pouco.

Tentar desenvolver uma mentalidade própria... 
Tão difícil. Num mundo de pessoas que passam por “lavagens cerebrais” e de “ignorantes” (no sentido de ignorar, desconhecer) – e onde ambos acreditam ser os donos da verdade, da única verdade – temos que pelo menos tentar.

Muitos de nós vivem em um mundo perfeito, como Tally e Peris. Só precisam se preocupar em se divertir. Não sabem de onde vieram e o que fazem aqui. Querem apenas aproveitar a vida, na forma que lhes foi apresentada.
Outros vivem como Andrews, num mundo cercado de deuses falsos, que se impõe pela força. Acreditando que o mundo se resume à sua aldeia.
Mas existe uma turma que conhece toda a verdade. Eles não têm as lesões no cérebro dos perfeitos e também não vivem em reservas como a de Andrews. Fogem do sistema, são a alternativa para aqueles que não se enquadram, para aqueles que esperam mais.
Tally, apesar de ter passado pela operação, sabe que existe alternativa, e que a perfeição é uma farsa.

Nossos mundos têm limites, que precisam ser testados. 
Quando uma nova realidade surgir, com a possibilidade de uma vida em liberdade, com direito de tomar suas próprias decisões, de pensar por si mesmo, de conhecer a verdade – toda a verdade, não aja como Peris, com medo do desconhecido. Não aceite uma existência segura, porém não verdadeira. Não escolha uma alegria falsa por medo de enfrentar o desconhecido.

Teste, enfrente, pergunte, busque. Não permita que as “lesões” no seu cérebro que tentam te fazer ver um mundo perfeito, te impeçam de buscar a verdadeira vida.

Não vai ser fácil. 
Talvez você precise de ajuda. 
Talvez seja forçado a voltar. 
Não desista.

A cura para o estado de perfeição existe – a verdade.

“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” João 8.32



P.S: Só depois que escrevi e re-li, percebi que podem existir várias formas de interpretá-lo, então deixe seu comentário com suas impressões... se você não entendeu nada, comente também! (risos) 

Angela

3 comentários:

Anônimo disse...

Isso comprova a teoria de cientistas australianos de que camundongos russos não compreendem o mandarim falado de trás para a frente ,,,

lendo&imaginando... disse...

adorei a penultima frase " A cura para o estado de perfeição existe - a verdade." Em todos os 3 livros dessa série, foi saber a verdade que fez tally realmente se curar. Enquanto a humanidade não conhecer a verdade que é Jesus eles estaram vivendo em Nova Perfeição,e eu fico feliz em fazer parte de uma outra cidade - a fumaça.

Cristiane disse...

O blog tá de carinha novaaaa..gosteiiiiiiiiiiii!! \☺/

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